Em busca do equilibrio verde
Empresas, produtores e ONGs fazem acordos e discutem novos procedimentos para evitar que o progresso econômico no campo passe por cim das normas trabalhistas e ambientais.
Durante os últimos cinco anos, o Mato Grosso liderou o ranking dos estados com o maior número de desmatamentos no país. Isso fez com que o movimento ambientalista iniciasse uma grande pressão sobre as autoridades e os fazendeiro locais, entre eles está o governador Blairo Maggi. Em razão disso, foi considerado muito relevante um acordo firmado em Cuiabá, entre os principais envolvidos na questão. Entidades como o Instituto Socioambiental (ISA) e o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), irão fiscalizar os produtores rurais de Mato Grosso, com anuência dos próprios, a fim de evitar cultivos em áreas de proteção ambiental nas safras de 2007 e 2008. O avanço de cultivos sobre áreas de proteção ambiental, representa apenas um dos focos de questões preocupantes. Há também problemas como queimadas em canaviais, que geram poluição com fuligem e uma série de denuncias com relação ao uso irregular de mão-de-obra. Por causa desse cenário, o protocolo firmado entre ONGs e fazendeiros em Cuiabá é um exemplo de que podemos estar diante de uma nova era no campo brasileiro, na forma de maior preocupação dos produtores com questões que ameacem a sustentabilidade do negócio. Há um número cada vez maior de produtores e empresas trabalhando para que o progresso econômico no campo não passe por cima das normas ambientais ou trabalhistas. No universo da soja, há uma outra iniciativa envolvendo a proteção da floresta Amazônica. Diante das denuncias de avanço de produtores na região da floresta, os processadores e exportadores de grãos decretam uma moratória de que essas empresas comprometeram-se a não comprar grãos produzidos em áreas devastadas por um período de dois anos e também os envolvidos no setor começaram a discutir para a criação de um selo de