Elogio da serenidade e outros escritos morais.
O texto “Elogio da serenidade e outros escritos morais” relata os contrastes entre moral e política, definindo regras morais como aquelas fundamentais e gerais da conduta humana, utilizadas para proteção de alguns bens como a liberdade, boa convivência e paz, e política como uma esfera onde ações podem ser oportunas ainda que não sejam eticamente boas. Bobbio nos leva ao entendimento de que a política respeita regras distintas à moral, e que a diferença entre ambas assemelha-se a distinção entre público e privado, onde o que é correto à moral valeria somente na vida privada, diferente da vida pública onde as regras válidas são outras.
O autor ressalta que a virtude da política está mais ligada à prudência, do que à sabedoria, onde o prudente adapta os princípios sem que a situação se torne prejudicial a ele. O homem moral pratica suas ações visando o bem universal, diferente do político que no texto é em metáfora comparado ao camaleão – e outros animais, já que se adapta a situação conforme seu benefício, sua necessidade, tornando suas ações eficazes em diferentes circunstâncias em aspectos diversos. Nesta concepção, o autor procura promover questões sobre a temática da moral e política, contrapondo e difundindo-as.
Portanto, no capítulo em questão, Norberto discute sobre dois problemas fundamentais para a relação entre moral e política: como explicar a divergência dos dois contextos, e como definir se é bom ou ruim a existência desse contraste. Para tanto, é explicado políticas idealistas e políticas realistas, sob pontos de vistas de autores considerados essenciais nesse estudo. No entanto, o autor pontua três explicações a respeito do primeiro problema a ser esclarecido, e tais explicações são baseadas em diferentes vertentes, algumas com maiores embasamentos segundo defendido por ele.
A primeira afirma que a conduta política é guiada pela máxima de que o fim justifica os meios, e o fim