Eletroterapia
Bruno Tavares de Lima Guimarães1, Ana Maria Furkim2, Roberta Gonçalves da Silva3
RESUMO
A reabilitação da disfagia orofaríngea ganhou um novo instrumento terapêutico, a eletroestimulação neuromuscular (EENM), sendo que os mais renomados pesquisadores têm estudado a indicação e os resultados desta abordagem. O objetivo deste trabalho foi apresentar revisão bibliográfica sobre a aplicabilidade da EENM na reabilitação da disfagia orofaríngea. Realizou-se amplo levantamento bibliográfico em bases de dados, englobando as duas últimas décadas de pesquisa na área. Este artigo de revisão mostrou que ainda não há consenso sobre o uso da EENM na reabilitação da disfagia. Constatou-se que a maioria dos trabalhos descreveu o uso da EENM de forma isolada, não relatou as técnicas fonoaudiológicas associadas à eletroterapia e utilizou amostras heterogêneas que agrupavam disfagias orofaríngeas mecânicas e neurogênicas. Somente recentemente programas específicos têm sido delineados e testados em populações mais homogêneas. Descritores: Disfagia/reabilitação; Transtornos de deglutição; Terapia por estimulação elétrica/métodos
INTRODUÇÃO A disfagia é uma condição que submete o indivíduo a constante instabilidade clínica, podendo ocasionar complicações como pneumonia aspirativa, desidratação, desnutrição e óbito. Devido a estas questões, este sintoma pode aumentar os custos dos cuidados de saúde com o indivíduo disfágico, bem como prolongar a duração da estada hospitalar(1). Desta forma, distintas tem sido as propostas para a reabilitação da disfagia orofaríngea pesquisadas ao longo dos anos e discutidas por alguns artigos de revisão(2-4). A mais nova abordagem proposta para a reabilitação da disfagia orofaríngea trata-se da eletroestimulação neuromuscular (EENM), considerada uma técnica não invasiva, aplicada através de eletrodos de forma transcutânea. Considerada um dos recursos