Eletroporação
A eletroporação ou também designada por mesoterapia sem agulhas trata-se de um recurso que através da emissão de ondas eletromagnéticas a partir de correntes elétricas de alta voltagem e curtos pulsos possibilita a penetração de princípios ativos por via transdérmica à velocidade de 1ml/min. É reconhecida e aprovada pela FDA.
Quando a célula é submetida a um campo eletromagnético com pulsos de alta voltagem, sofre mudanças bioquímicas reversíveis com inversão da polaridade da membrana celular, por rotação da dupla camada de fospolípidos que a tornam altamente permeável até 400x em relação ao normal – via intra-celular.
Para além de aumentar permeabilidade da membrana celular, aumenta a permeabilidade inter-celular através da criação de poros aquosos (Aquaporinas) por separação dos desmossomas.
Estudos realizados na Universidade de Murcia, cujo objetivo era avaliar a penetração de tinta da china lipossomada através de eletroporação, demonstraram que após a aplicação o produto era encontrado não só nos espaços intercelulares do estrato córneo mas também no citoplasma dos queratinócitos, bem com em redor das fibras e vasos sanguíneos dérmicos.
Contrariamente à fonoforese e iontoforese, este método permite a veiculação de qualquer ativo por via transdérmica, independentemente do tamanho molecular (>7000Da.), formato farmacológico, polarizado ou não, hidro ou lipossolúvel. Mesmo moléculas muito grandes como é o caso da heparina são passíveis de transporte por eletroporação. O princípio ativo pode ser administrado puro ou diluído numa solução com lipossomas que facilitam a difusão.
Indicações da eletroporação:
(sempre que se pretenda administrar um principio ativo por via transdérmica)
Fibro edema gelóide;
Hiperlipodistrofia (gordura localizada);
Flacidez dérmica;
Rugas;
Desidratação;
Cicatrizes e estrias;
Rosácea.
Contra-indicações da eletroporação:
Região sobre abdómen durante período menstrual;
Gravidez