Eletronica
Já havia algumas descrições isoladas sobre a eletricidade, na época da Grécia. Tales de Mileto (640?-546 A.C.) descreveu que friccionado, o âmbar adquiria a propriedade de atrair corpos leves. Também Teofrasto, na sua descrição sobre jóias, tabelou os nomes de outros minérios que se carregavam de 'eletricidade' através de fricção. No início, pela semelhança aparente de sua ação com a do magnetismo, foram às vezes confundidas. Suas diferenças foram esclarecidas primeiramente por Cardano (1501-1576). No século XVII, Boyle tratou o problema da atração elétrica e demonstrou que esta se propaga também no vácuo. Até essa época, não se conhecia a repulsão elétrica, que foi descoberta depois, por Von Guericke (1602-1686). Ele inventou o gerador de fricção, bastante primitivo, que consistia em produzir eletricidade pelo contato da mão com uma esfera girante de enxofre. No século XVIII, o desenvolvimento desse ramo foi acelerado rapidamente. Gray (1670?-1736) introduziu o conceito de condutibilidade elétrica, Du Fay (1698-1739) descobriu que não só alguns minérios, além do âmbar, mas todos os corpos isolados carregavam-se de eletricidade pela fricção e também a existência de duas espécies de eletricidade, a positiva e a negativa. [A denominação, positiva e negativa, foi introduzida em 1747 por Franklin (1706-1790).] Em 1745 foi descoberta a 'garrafa de Leiden', por Kleist (?1748), e em 1746 por van Musschenbroeck (1692-1761). A eletricidade atmosférica, a piroeletricidade, eletricidade dos animais, a indução eletrostática, o eletroscópio etc. foram descobertos na segunda metade do século XVIII. Acumulando essas descrições classificadas, começaram a ser examinadas as suas propriedades comuns e a obterem-se leis entre elas; de fato, em 1785, foi descoberta por Coulomb (1736-1806) uma lei quantitativa em que a força entre duas cargas elétricas é proporcional ao produto das