Eletrica
A maior parte do cimento consumido em obras é transportada, ensacada, por via ferroviária ou rodoviária. Envolve tal operação perda por sacos rasgados, que alcança até 2%. Sendo o cimento um material de grande densidade e de baixo preço, o custo de frete incide de material ponderável. Resulta daí a necessidade de processar o transporte com utilização plena dos veículos, operando-se com partidas que ocupem a carga total de um vagão ou de um caminhão, conforme seja o caso. O transporte de parcelas menores que a capacidade do veículo onera desnecessariamente o custo do produto. Como o preço do saco de papel contribui de maneira apreciável na formação do custo do cimento, procede-se, sempre que possível, ao seu transporte a granel. Há diversos sistemas apropriados para o transporte de cimento a granel, feito sempre em reservatórios metálicos estanques, quer sobre gôndola ferroviária, quer sobre chassis de caminhões. Diferenciam-se, porém, os processos de carga e descarga do material, utilizando-se sistema pneumático, de escorregamento e parafuso sem fim. No sistema pneumático, o cimento é arrastado dentro de um tubo por forte corrente de ar. A sucção é processada no fundo do reservatório ou silo por dispositivo de arraste que se constitui por uma simples tromba de ar. A alimentação da trompa de sucção é feita por gravidade, deslocando-se o cimento para a parte inferior do reservatório. Essa movimentação do material é facilitada por um processo curioso de fluidificação, obtida pela introdução de ar a baixa pressão nos vazios entre os grãos de cimento. O ar é introduzido através de janelas porosas localizadas em posição apropriada. Quando se força a passagem de ar por percolação do volume de um material granuloso como o cimento, observa-se uma queda imediata no ângulo de atrito interno do material. No caso do cimento, o material em repouso tem um ângulo de atrito interno de cerca de 45 graus, oferecendo, então, uma resistência apreciável à