Eletric
Para Tania Cosentino, presidente da Schneider Electric para América do Sul, o País vive uma situação paradoxal. "A demanda por energia deve dobrar até 2050, no mundo. No entanto, acordos preveem que as emissões de dióxido de carbono devem diminuir pela metade. É um paradoxo cuja solução passa por ter mais eficiência energética", afirma.
A Associação Brasileira de Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) estima que o Brasil desperdiça todo ano o equivalente à produção de meia usina de Itaipu. "É muito desperdício para um país que possui uma das energias mais caras do mundo", afirma Consentino. Para ela, é função do governo definir e incentivar uma política de eficiência energética. "A eficiência energética não é prioridade nem do empreendedor nem do governo. No Brasil, continuamos investindo apenas na expansão da oferta de energia", completa.
A única forma de diminuir as perdas de energia é investindo em tecnologia. Ainda raros no Brasil, mas muito comuns na Europa, os programas governamentais de automação das redes de distribuição, chamados de Smart Grid, são cruciais para evitar o desperdício de energia.
Segundo Sergio Jacobsen, gerente-geral da Siemens no Brasil, com eles a rede de distribuição brasileira evitaria perdas, teria controle operacional e permitiria que fontes de energia intermitentes, como a solar, também alimentassem a