Elementos endógenos do desenvolvimento regional e
As teorias clássicas a respeito do desenvolvimento regional, geralmente, denotam a idéia da existência de uma força motriz de caráter exógeno capaz de influenciar, por meio de encadeamentos, as demais atividades econômicas. São as teorias clássicas que servem de suporte às políticas econômicas que excluem setores fundamentais da sociedade local, em particular, e da sociedade civil, em geral. Pensar em desenvolvimento regional é, antes de qualquer coisa, pensar na participação da sociedade local no planejamento contínuo da ocupação do espaço e na distribuição dos frutos do processo de crescimento. A Teoria da Base de Exportação considera as exportações como a principal força desencadeadora do processo de desenvolvimento. O crescimento nesta teoria depende da dinamicidade das atividades econômicas básicas que, incentivam o desenvolvimento de atividades complementares. Na Teoria da Difusão, o desenvolvimento se dá com a industrialização e com a concentração das atividades em reduzido número de grandes centros urbanos de onde são irradiados efeitos. Na Teoria dos Pólos de Crescimento a inserção de uma atividade motriz, geralmente indústria, dentro de um sistema regional suscitará efeitos positivos e negativos à região receptora. À medida que tais efeitos vão se concentrando, a atividade motriz se tornará um pólo propulsor da economia da região. O desenvolvimento dependerá do nível e da qualidade dos efeitos positivos e negativos.
Para Sthor e Taylor, o desenvolvimento centrado na idéia de baixo para cima ou o paradigma desde baixo tem como foco o desenvolvimento pleno das potencialidades e habilidades humanas da sociedade local.Eles levantam quatro hipóteses essenciais que norteiam o paradigma do desenvolvimento desde baixo: as disparidades regionais são conseqüências negativas de uma integração econômica de grande escala,