Eleições e copa do mundo

ASPECTOS POLÍTICOS DA COPA No pontapé inicial da copa do mundo, teremos também um início de uma nova fase da campanha para reeleição de Dilma Rousseff, ela mais do que ninguém deve estar torcendo para a Seleção Brasileira. Dizem que essa copa veio com nada além de uma vontade, por parte dos governantes, de maquiar os problemas do Brasil e relacionam o sucesso nos campos com o sucesso da Presidente nas urnas, mas isso é real ou apenas um mito criado? Não há vestígios históricos que reforçam essa tese, pelo contrário, em 1950 com aquela inesquecível copa realizada no Brasil, a seleção sofreu uma derrota na final, dentro do Maracanã lotado e isso não impediu que Getúlio Vargas fosse reeleito, a euforia do primeiro mundial em 1958 não ajudou Juscelino Kubitschek a eleger seu sucessor, em 1962, a festa pelo bi não evitou o golpe militar de dois anos depois. Mostrando que, se a relação entre futebol e política é sempre intrínseca e a tentativa de tirar proveito está sempre presente, o reflexo dos resultados de campo raramente é significativo. Esse grandioso evento está sendo visto como uma nova versão da velha política do pão e circo, onde, na Roma antiga, ela consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios, onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta. Aplicando isso no Brasil, o governo estaria armando um grande circo gastando o dinheiro público de forma desenfreada para fazer uma grande festa onde o público esquecerá por um tempo os problemas vividos no dia a dia. Portanto, não se deve associar a vitória na copa com os resultados eleitorais, pois todos sabem que não estão tudo as mil maravilhas e essa vitória não mudaria a vida das pessoas, o momento que o povo deve realmente concentrar seu pensamento é na hora de votar, pois se queremos mudanças permanentes, é lá que vamos