EJA Guarani
As aldeias Guarani podem ser formadas a partir de uma família extensa desde que tenha uma chefia espiritual e política própria.
Casa de reza = Opy
Os Mbya constroem e mantém uma casa para a prática de rezas e rituais coletivos, opy guaçu, localizada próxima ou mesmo agregada à casa do tamõi.
As práticas religiosas dos Mbya são freqüentes e se estendem por muitas horas. Orientadas pelo dirigente espiritual as “rezas” - realizadas através de cantos, danças e discursos - também voltam-se às situações e necessidades corriqueiras (colheita, ausência ou excesso de chuva, problemas familiares, acontecimentos importantes, imprevistos etc.).
A principal cerimônia realizada na Opy é o Nheemongarai, quando os cultivos tradicionais são colhidos e “abençoados” e são atribuídos os nomes às crianças nascidas no período. O nheemongarai deve coincidir com a época dos ‘tempos novos’ (ara pyau), caracterizado pelos fortes temporais que ocorrem no verão. Assim, a associação entre a colheita do milho e a cerimônia do seu ‘benzimento’ e da atribuição dos nomes-almas impõe o calendário agrícola e a permanência das famílias nas aldeias.
No tema Alimentação, o autor, por meio de depoimento faz uma crítica implícita sobre as causas da limitação alimentar dos guarani. Uma vez que a dieta Guarani restringi-se praticamente a dieta dos homens brancos. A questão – com base no relato -, seria o que de fato estaria provocando a precariedade da alimentação guarani.
“Já não tem mais mata para caçar, tirar frutas para comer. Antigamente o povo Guarani comia comida sem sal, sem banha, a carne do mato que a gente comia: quati cozido na panela e assado, cotia, tatu, aves do mato. Quando assava era sem sal. (...)”
Ao falar sobre Artesanato Guarani, o autor diz que este permanece como forma de sobrevivência dos