O Antigo Império (2780 a 2400 aproximadamente a.C) - Quando os egípcios da decadência sonhavam com uma idade do ouro é no Antigo Império que eles estavam pensando e é a língua e a arte dessa época que seus artistas e escribas procuravam imitar. É verdade que essa época deixou numerosos monumentos e que na falta da história política, militar e administrativa, conhecemos bastante bem a civilização material. Consideramos aqui apenas o quadro histórico do Antigo Império, tido por muitos como o período mais completo de toda a civilização egípcia. Da mesma forma que não houve linha divisória clara entre a época neolítica e as primeiras dinastias, também não existe separação entre estas e o início do Antigo Império. O progresso alcançado pela civilização neste momento, sobretudo na arquitetura, nos permite falar, no entanto, de uma nova dinastia. O fato mais importante do reinado de Djoser- fato, aliás, que justifica a classificação do Antigo Império como período distinto – é o deslocamento do centro político, pelo menos teoricamente, de Abidos para Mênfis; por isso o Antigo Império é às vezes conhecido como Império menfita. Com base em indícios diversos, pode-se concluir que Djoser, prosseguindo a obra da I dinastia, promoveu incursões militares na Núbia. Deu assim continuidade a uma política que se desenvolveria durante todo o Antigo Império, portanto, supõe se, que, os egípcios desta época preocupavam - se mais com os vizinhos do Sul do que o com os do Nordeste. O fim da III dinastia é muito mal conhecido e não se sabe praticamente nada a respeito de seus outros reis. IV Dinastia - poderia parecer que a IV dinastia que se inicia com o reinado de Snefru, sucessor de Huni, devesse ser uma das melhor conhecidas do Egito. Efetivamente, é a dinastia dos construtores das grandes pirâmides; mas de fato nada existe a seu respeito; apenas sobre Snefru, o fundador da dinastia, é que estamos melhores, ou antes, menos mal informados; com efeito, os fragmentos dos anais escritos na