Eficiência como marca
Por trás da bem-sucedida montadora japonesa líder no mercado mundial, existe, como explica essa reportagem, uma cultura de frugalidade, perseverança e respeito pelas pessoas – Há quase um século.
A Toyota se caracteriza por desafiar tudo, o tempo todo, mesmo quando as coisas vão bem. As raízes de sua obsessão pela excelência poder ser rastreadas em sua longa história de sucessos, resultado tanto de uma economia de escassez como da frugalidade da família fundadora, Toyoda, que ainda tem influência sobre as decisões da companhia. Hoje, a Toyota é a quinta empresa mais admirada nos Estados Unidos, segundo o ranking 2008 da revista Fortune. Ocupa o terceiro lugar entre as organizações mais inovadoras, o segundo em responsabilidade social e em gestão de pessoas e o primeiro em gestão de qualidade e investimento de longo prazo. O encerramento do ano fiscal de 2008, finalizado em 31 de março, consagrou-a como montadora número um em vendas no mundo, ultrapassando a General Motors nos Estados Unidos. A companhia japonesa tem sido muito hábil ao longo de mais de sete décadas para enfrentar a adversidade. Seu modelo de produção eficiente foi desenvolvido no Japão do pós-guerra, quando a ausência de fornecedores de componentes obrigou a fabricá-los. No entanto, sua força não reside só em seu sistema de fabricação, patenteado como Toyota Production System (TPS). Em uma empresa onde os funcionários são motivados e se autodirigem, a amálgama é a cultura. O “estilo Toyota” tem origem em um corpo de 14 princípios filosóficos. Jeffrey Liker, autor de The Toyota Way, os divide em quatro grandes grupos: filosofia de longo prazo, mesmo que à custa dos objetivos imediatos; processos corretos para produzir resultados corretos; funcionários e parceiros de negócios capacitados na cultura para agregar valor à organização; e resolução de problemas de forma contínua para impulsionar o aprendizado organizacional. Taiichi Ohno, técnico de engenharia, desenhou