Eficiencia Como Marca
Toyota
Eficiência como marca
Por trás da bem-sucedida montadora japonesa líder no mercado mundial, existe, como explica esta reportagem, uma cultura de frugalidade, perseverança e respeito pelas pessoas –Há quase um século
S
e um funcionário lhe apresentasse a proposta de aproximar um banquinho das estantes da biblioteca para tornar mais eficiente o processo de arquivamento e recuperação de documentos da empresa, você o premiaria com um bônus? A
Toyota, sim.
Os 300 mil funcionários da montadora japonesa propõem mais de 1 milhão de idéias de melhoria de processos por ano. A companhia implementa 90% delas e recompensa sua equipe com dinheiro vivo: de US$ 5 a US$ 2 mil, de acordo com a complexidade da proposta. Somadas, as melhorias significam economias enormes para a Toyota e maior auto-estima para seus “membros”, como ela prefere chamar seus funcionários.
Uma mostra da efetividade desse enfoque? Ter saído fortalecida da crise do petróleo de 1973, quando as vendas de automóveis no Japão caíram mais de um terço e as montadoras se viram obrigadas a fazer cortes de pessoal. Na Toyota não houve demissões: as dificuldades estimularam a criatividade e, de uma média de três propostas de melhoria por ano, os funcionários passaram a contribuir com dez cada um, a maioria relacionada à redução de custos.
A Toyota se caracteriza por desafiar tudo, o tempo todo, mesmo quando as coisas vão bem. As raízes de sua obsessão pela excelência podem ser rastreadas em sua longa história de sucessos, resultado tanto de uma economia da escassez (nasceu em 1937 e se expandiu depois da Segunda Guerra Mundial) como da frugalidade da família fundadora, a família Toyoda, que ainda tem influência sobre as decisões da companhia.
Os Toyoda controlam mais de 40% das ações com direito a voto e conseguiram manter os dois princípios essenciais de sua cultura, a humildade e o respeito pelas pessoas, no coração da estratégia corporativa.
Hoje, a Toyota é a quinta empresa mais admirada dos