Eficacia policial
O que é preciso para que as polícias sejam mais eficazes? Desbaratar quadrilhas, realizar apreensões de armas, drogas, prender homicidas e outros tipos de infratores: como conseguir ter êxito nessas ações sem desconsiderar, naturalmente, o que o Estado precisa implementar para que o crime nem o criminoso surja?
Uma polícia eficaz é uma polícia com uma boa gestão de informação. Pela óbvia impossibilidade de possuirmos uma polícia com dimensões tais que cada rua duma cidade tenha uma guarnição policial, faz-se necessária a adoção de um modus operandi on-de sejam estabelecidos canais de comunicação entre os cidadãos e a polícia, onde aqueles municiarão esta de dados consistentes sobre a atuação da criminalidade.
Infelizmente, no Brasil, a regra é que as corporações policiais adotem três posturas na busca por informação, a publicável, a real, e a extra-oficial. Veremos mais especificamente cada uma das três abaixo:
O que dizemos que fazemos
As polícias apregoam aos quatro ventos a adoção de estratégias viáveis de aquisição de informação, principalmente quando falam de “Polícia Comunitária”. A parceria entre a comunidade e a polícia geralmente traz frutos positivos no campo da informação, já que um vínculo de confiança é estabelecido, princípio básico para que o cidadão inconformado com a violência exponha os problemas por que passa em sua localidade.
Também costumamos dizer que investimos em “inteligência”, através da aquisição de equipamentos de última geração, escutas telefônicas e outras técnicas de inteligência. Porém, assim como o policiamento comunitário, tais técnicas e recursos pouco ou nunca são efetivamente empregados com substancial retorno ao serviço policial, salvo exceções isoladas e iniciativas louváveis em um ou outro local.
O que, de fato, fazemos
Vivemos alicerçados na sorte, na maioria das vezes. As polícias brasileiras