Efeitos do envelhecimento sobre o encéfalo
Tales Alexandre Aversi-Ferreira*
Humberto Gabriel Rodrigues**
Luice Rezende Paiva***
Resumo
O aumento da proporção de idosos tem se configurado como um fenômeno global. O envelhecimento é um processo irreversível, que ocorre durante toda a vida, do nascimento à morte, e é acompanhado do declínio das funções biológicas da maior parte dos órgãos, como a redução do fluxo renal, do débito cardíaco, da tolerância à glicose, da capacidade vital dos pulmões, da massa corpórea e da imunidade celular, além do declínio em algumas habilidades intelectuais, associativas e motoras.
O processo de envelhecimento é extremamente complexo e multifatorial e o estudo das bases moleculares desse fenômeno tem gerado um grande número de teorias, destacando-se as teorias estocásticas, baseadas no acúmulo aleatório de moléculas com alterações estruturais ou funcionais, e as teorias não estocásticas, relacionadas com mecanismos programados no genoma de cada organismo. Este trabalho busca contextualizar o envelhecimento cerebral através do córtex, já que é a principal estrutura do sistema neural no que se refere às funções sensoriais, motoras e associativas. Com o envelhecimento ocorrem
modificações morfofisiológicas, como a diminuição de neurônios corticais e do volume do núcleo dos neurônios, o que provoca patologias, como a perda de memória, o mal de Alzheimer e outras demências. Palavras-chave: Envelhecimento cerebral. Neocórtex. Demências. Envelhecimento. Doença de Alzheimer.
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Doutor em Genética e Bioquímica pela Universidade Federal de Uberlândia. Professor Adjunto do
Instituto de Ciências Biológicas da Universidade
Federal de Goiás.
Mestrando em Genética e Bioquímica pela Universidade Federal de Uberlândia. Especialização em
Genética e Bioquímica pela Faculdades Integradas
Pitágoras de Montes Claros.
Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás.
Recebido em