Efeito estufa
Os gases que formam a atmosfera da Terra permitem a passagem da radiação solar, e retém grande parte do calor, à semelhança do que ocorre em uma estufa de vidro na qual se cultivam plantas. O vidro deixa passar a luz, que é absorvida pelo solo e refletida na forma de calor. As ondas de calor não atravessam bem o vidro, são refletidas e aquecem a estufa. Por essa razão o efeito do aquecimento do planeta é chamado de efeito estufa (figura abaixo). Também colaboram, em menor grau, para esse efeito o vapor de água na atmosfera, o gás metano (produzido na decomposição da matéria orgânica e na fermentação da comida no intestino de cupins e ruminantes), o dióxido de nitrogênio (produzido na combustão da matéria orgânica) e os clorofluorcarbonos (CFCs, que têm algumas aplicações industriais).
O efeito estufa mantém a temperatura média da Terra em torno de 15 °C. Sem ele, o planeta estaria sempre coberto por uma camada de gelo e sua temperatura média estaria em torno de -18 °C.
Conseqüências
Com o aumento da produção de gás carbônico, por causa da queima de combustíveis fósseis (carvão e petróleo dos motores, das indústrias e usinas) e, em menor grau, pelas queimadas de florestas, a concentração desse gás vem aumentando gradativamente e provocando o aquecimento global.
Talvez o que mais assuste no efeito estufa, ou melhor, nas possíveis conseqüências de uma gradativa elevação das médias térmicas no planeta, é a tomada de consciência, pela primeira vez na história, da possibilidade de destruição do próprio homem. Os impactos ambientais são democratizados, ou seja, passam a atingir todos os homens, sem distinção de cunho econômico, social ou cultural: atingem indistintamente ricos e pobres, operários e patrões, brancos, negros e amarelos, desenvolvidos e subdesenvolvidos, capitalistas e socialistas, liberais e conservadores. Não há mais refúgio seguro.
Quando se alerta para riscos relacionados com o efeito estufa, o que está em foco é a sua possível