Efeito do fogo em ecossistemas florestais
INTRODUÇÃO
Os incêndios florestais constituem, sem dúvida alguma, a principal fonte de injúria às florestas, mas sobre certos aspectos, e em circunstâncias especiais, o fogo pode também representar alguns benefícios para esses ecossistemas. Porém o seu uso deve ser feito sempre com cuidado, de forma prudente e controlada, para que não fuja do controle e não cause nenhum dano (Schumacher, 2013).
Entre os efeitos benéficos do fogo estão a destruição seus abrigos ou o extermínio de animais nocivos, como as formigas, cupins e pequenos roedores que danificam sementes ou causam anelamento na casca e câmbio das árvores. Além disso, insetos como o serrador da acácia-negra e muitos fungos são combatidos com sucesso fazendo a queima dos galhos secos das plantas afetadas.
Algumas espécies florestais precisam do calor do fogo para o aumento do seu poder germinativo, um exemplo disto é a Bracatinga (Mimosa scabrella). Há também os ecossistemas de cerrado que dependem do fogo para sua sustentabilidade. As florestas centenárias na Austrália também dependem do fogo para que seja eliminada a grande camada de serapilheira que se forma sobre o solo, a qual impede que a semente chegue a um local suficientemente úmido, e germine (Schumacher, 2013).
As queimadas podem ser provocadas direta ou indiretamente pelo homem. No Brasil, o fogo é utilizado, de modo geral, diretamente para: limpeza de áreas tanto agrícolas como florestais; renovar pastagens, melhorando a oferta e qualidade dos alimentos; abrir novas fronteiras agrícolas; melhorar o manejo de pré-colheita da cultura da cana-de-açúcar e controlar pragas e doenças em culturas (anuais e perenes), em manejo pós-colheita, entre outras (Redinet et al., 2011).
O fogo quando usado com pessoal treinado é bastante seguro, sendo uma das formas mais baratas de manejo alternativo, porém sua aplicação depende de alguns fatores previamente analisados, tais como a umidade do solo e do ar, da