Efeito da corrente eletrica

07 – Corrente Elétrica Em nosso cotidiano, podemos verificar diversos efeitos que são atribuídos à Corrente Elétrica, especialmente quando observamos o funcionamento dos inúmeros artefatos eletro-eletrônicos com os quais convivemos em nossa realidade. Contudo, apesar desses efeitos serem visíveis ou passíveis de serem sentidos, a sua causa, a Corrente Elétrica, é algo impossível de ser detectado pelos nossos sentidos. Como então compreender algo que nos escapa à percepção? Neste, como em outros casos similares (calor e temperatura, luz etc.), é preciso conceber um modelo que represente a realidade que nos foge à experiência sensorial. Um modelo é uma representação pictórica, gráfica ou matemática, de um fenômeno. O modelo deve ser compatível com a teoria que o sustenta, pois faz parte dela. Assim, o modelo precisa ser confrontado com as previsões que a teoria faz para o fenômeno, verificando-se deste modo se tal modelo funciona de maneira satisfatória. Apesar de todo cuidado envolvido na elaboração de um modelo, é preciso salientar que ele sempre será uma representação da realidade e, como tal, consiste num mero recorte dessa realidade. Nenhum modelo consegue abranger toda a complexidade do fenômeno que ele representa, sob pena de se tornar incompreensível e inútil. Para explicar a Corrente Elétrica, partimos de um modelo: a estrutura cristalina de um metal. Essa estrutura está baseada em outro modelo: o do átomo, concebido como sendo um elemento da matéria. O átomo, segundo o modelo adotado para a nossa explicação, é composto de um núcleo, muito denso, com diâmetro da ordem de 10−15 m , onde fica concentrada toda a carga elétrica positiva do átomo; em torno desse núcleo, podemos conceber a existência de uma nuvem eletrônica, de diâmetro da ordem de 10−10 m , região esta onde existe uma maior probabilidade de se encontrar elétrons, partículas elementares, desprovidas de estrutura interna, que detêm a carga elétrica negativa do átomo. O núcleo é composto de prótons