Educação a distancia vale à pena?
As experiências no ensino a distância por aqui começaram no início do século 20, com cursos profissionalizantes por carta, rádio e, mais tarde, pela TV. Só com a internet e a banda larga, eles se tornaram viáveis na graduação e na pós.
Apenas recentemente começamos a apostar na EAD como uma saída para suprir a demanda por formação superior no país. A Universidade Aberta do Brasil (UAB) tem como prioridade a formação inicial de professores da Educação Básica pública.
Dilvo Ristoff, diretor do Departamento de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), comparou os resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes nas modalidades presencial e a distância. Os alunos de EAD se saíram melhor em sete das treze áreas avaliadas: Pedagogia, Biologia, Física, Matemática e Ciências Sociais, além de Administração e Turismo. Isso mostra que o fato de as aulas serem a distancia não significa que elas sejam de pior qualidade.
Mas especialistas apontam graves problemas na forma como a EAD tem sido conduzida no país. A coordenadora Bernardete Gatti, da Fundação Carlos Chagas (FCC), relata que o governo federal ainda não dispõe de aparato suficiente para acompanhar, supervisionar e fiscalizar os cursos. A pouca verba destinada aos tutores (que acompanham a aprendizagem dos grupos), seria outro ponto frágil da política governamental o que tornaria a qualificação dos profissionais precária.
Para não entrar em uma negociata o importante é avaliar as opções antes de se decidir. Um documento Referencial de Qualidades para a Educação Superior a Distância, elaborado pelo Ministério da Educação (MEC), indica o que você tem direito de saber antes de se matricular:
- Métodos de ensino da universidade.
- Tecnologias usadas.
- O tipo de material didático usado.
- Os tipos de interação disponíveis.
- Quanto tempo leva para o tutor responder às dúvidas.