Educação visual
O conceito de comunicação é difícil de delimitar e, por consequência, de definir. De um determinado ponto de vista, todos os comportamentos e atitudes humanas e mesmo não humanas, intencionais ou não intencionais, podem ser entendidos como comunicação. Por exemplo:
Uma pessoa está a dormir? Ela está a comunicar que dorme.
Um cão abana o rabo?
Ele comunica alegria e afeição.
Uma pessoa reflecte consigo mesma sobre a sua vida?
Está a comunicar, ou melhor, a comunicar-se, a consciencializar-se de si comunicando.
A comunicação pode ou não ser pretendida, mas não só ao Homem é impossível não comunicar como também, para o Homem, o mundo é cheio de significados e só é compreensível porque lhe atribuímos significados e o interpretamos.
A raiz etimológica da palavra comunicação é a palavra latina communicatione, que, por sua vez, deriva da palavra commune, ou seja, comum. Communicatione significa, em latim, participar, pôr em comum ou acção comum.
Assim, pode-se pensar na comunicação em duas grandes asserções:
1) A comunicação como o processo em que comunicadores trocam propositadamente mensagens codificadas (gestos, palavras, imagens...), através de um canal, num determinado contexto, o que gera determinados efeitos; e
2) A comunicação como uma actividade social, onde as pessoas, imersas numa determinada cultura, criam e trocam significados, respondendo, desta forma, à realidade que quotidianamente experimentam.
Estas duas proposições não são, porém, estagnadas, mas sim complementares. Por exemplo, as mensagens trocadas só têm efeitos porque lhes são atribuídos significados e estes significados dependem da cultura e do contexto em geral que rodeiam quem está a comunicar. Por isso se diz também que a comunicação é um processo social.
A comunicação é indispensável para a sobrevivência dos seres humanos e para a formação e coesão de comunidades, sociedades e culturas. Geralmente nos