Educação profissional de nível técnico
Até meados da década de 1970, a formação profissional era relacionada à formação de mão-de-obra de operários semi qualificados para a produção industrial em série e padronizada. A partir da década de 1980, o universo trabalhista sofreu grandes mudanças: o cenário econômico e produtivo se desenvolveu associado às tecnologias mais complexas de produção, além do crescimento contínuo da internacionalização da economia. Houve a necessidade de uma base educacional sólida para todos os trabalhadores, fossem eles não qualificados, técnicos ou gerentes. Foi necessário realizar a formação de profissionais polivalentes e, para suprir essa demanda, as escolas de Educação Profissional modificaram seus programas e cursos, elevando os níveis de qualidade de ensino.
Atualmente a Educação Profissional é vista como uma significativa estratégia de acesso às conquistas científicas e tecnológicas por parte dos cidadãos. Ela requer o entendimento de todo o processo produtivo, saber tecnológico, valorização da cultura do trabalho e autonomia para tomada de decisões por parte do educando, para que se torne um futuro trabalhador qualificado.
Na LDB podemos observar que “o aluno matriculado ou egresso do Ensino Fundamental, Médio e Superior, bem como o trabalhador em geral, contará com a possibilidade de acesso à Educação Profissional” (Parágrafo Único, art. 39). A Educação Profissional não substitui a Educação Básica. O início do preparo técnico pode ser realizado no nível do Ensino Médio (LDB, p. 2, art. 36), quando se compreende a formação geral do educando com toda a autonomia e pensamento crítico já desenvolvidos, proporcionando-lhe o direito de cidadão ao desenvolvimento de habilidades para a vida produtiva.
É importante lembramos que o Ensino Técnico Profissionalizante é, antes de tudo, educação. Todas