Educação Policial
É praticamente consenso a afirmação de que a educação é meio de transformação social. A educação projeta estradas de desenvolvimento, pavimenta caminhos para o saber e idealiza sonhos. Em todas as sociedades, a educação é meio de promoção das condições de vida da população. De fato, ela permite enxergar o mundo de formas diferentes. A educação é importante para o aprimoramento da sociedade, e isso se realiza na qualificação de seus cidadãos nas diversas áreas do saber e nas atividades profissionais. Para os trabalhadores que promovem a segurança e preservação da ordem pública, a educação adquire maior relevo pela responsabilidade que têm na manutenção do Estado democrático e respeito às garantias fundamentais. Para exercer essa função com eficiência, mas principalmente com justiça, torna-se necessário o constante aprimoramento da força policial com toda a diversidade de conhecimentos que a torne capaz de entender a dinâmica social, suas causas e conseqüências, e assim adotar uma atitude proativa em relação aos problemas que se apresentam. A educação influencia a segurança pública de uma comunidade, agindo diretamente na conduta dos policiais, provocando mudanças institucionais e na própria sociedade. Com o poder de decisão sobre “sagrados” direitos do cidadão, torna-se na mesma medida, uma responsabilidade levar adiante o processo contínuo de aperfeiçoamento, o que somente se materializa por meio da educação. Existe, portanto, grande relação entre educação e a atividade policial. De acordo com relatório de 2011 da UNESCO – órgão das Nações Unidas para educação, ciência e cultura – a educação capacita as pessoas com o conhecimento, habilidades e confiança. Dessa forma, educação não é uma faculdade, mas uma condição para a construção de um futuro melhor. Lúcio Emílio Espírito Santo, autor de importantes estudos de teoria social e segurança pública, afirma: “A educação, cuja prática privilegia a geração e a difusão