Educação permanente aos profissionais da enfermagem para o cuidado com pacientes laringectomizado
INTRODUÇÃO
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) o câncer de laringe representa cerca de 25% dos tumores malignos que acometem a região da cabeça e pescoço e, 2% de todas as doenças malignas. Aproximadamente 2/3 desses tumores surgem na corda vocal verdadeira e 1/3 acomete a laringe supraglótica. A ingestão excessiva de álcool e o tabagismo são os maiores fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de laringe .
A sua incidência é maior nos homens do que nas mulheres e atinge predominantemente a faixa etária acima de 50 anos de idade. (SILVA LSL, PINTO MH, ZAGA MMF)
A maioria dos pacientes apresentam rouquidão persistente, freqüentemente associada com otalgia e disfagia. Linfonodos pré-traqueais ou paratraqueais aumentados podem indicar a presença de câncer da laringe. A laringectomia (retirada da laringe) normalmente é realizada em casos graves de malignidade laríngea. (MOORE KL, DALLEY AF)
Este procedimento faz com que 30% dos pacientes passe a ter fala esofágica incompreensível e aproximadamente 50% deles ficam reclusos em sua residência, perdendo assim seus empregos e se retirando do convívio social. (INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. CÂNCER DE LARINGE)
O procedimento cirúrgico indicado remove a laringe, a cartilagem tireóide, pregas vocais, epiglote e anexos. A parte superior da laringe é costurada à base da língua e a traquéia é suturada à pele da base do pescoço, dando origem a um traqueostoma, para preservar a função respiratória. Após a cirurgia é comum o tratamento radioterápico. (O'RAHILLY R)
As complicações que podem acontecer incluem infecção, deiscência da ferida, fístula faringocutânea, estenose do estoma e disfagia secundária à contrição faríngea e esôfago-cervical. (SOUZA WT)
Este procedimento produz alterações fisiológicas onde podemos