Educação: liberdade, não opressão.
Educação: liberdade, não opressão!
Fabiana Freitas
Capítulo 1: As Contribuições de Paulo Freire sobre o processo de ensino e aprendizagem.
O pensador e educador Paulo Freire afirma, como idéia central em sua obra, a necessidade e a importância de se criar uma educação como prática de liberdade, uma Pedagogia que venha possibilitar aos oprimidos se libertarem da violência dos opressores. Em uma sociedade como a nossa, que se caracteriza pela presença contraditória de interesses distintos, em que determinadas classes sociais promovem a dominação de consciência de outras, a Pedagogia que predomina é a Pedagogia das classes dominantes. Na visão de Freire quem tem o poder é a classe dominante. Nesta perspectiva cabe perguntar a quem interessa uma educação que venha a encobrir a realidade dos fatos em lugar de desvelá-las, mistificando-as? Uma educação que tem a primazia de ocultar verdades, ao invés de desocultá-las? O autor denomina de concepção bancária da educação, esta educação que serviria a classe hegemônica e legitimaria um saber em detrimento a outros, que agiria como instrumento da opressão. Onde os educandos seriam tratados como se fossem seres vazios, como se fossem vasilhas, recipientes em que o educador depositaria conhecimentos que os alunos precisariam apenas memorizar e repetir sem de fato compreendê-lo.
“Na visão bancária da educação, o saber é uma doação dos que se julgam sábios aos que se julgam nada saber. Doação que se funda numa das manifestações instrumentais da ideologia da opressão – a absolutização da ignorância, que constitui o que chamamos de alienação da ignorância, segundo a qual este se encontra sempre no outro” (FREIRE: 1979 p.67)
Durante muitos anos de reprodução da educação bancária, o que se percebeu foi à produção de estudantes tímidos, inseguros, apáticos diante de desafios que deveriam possibilitar o