Educação física
Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira
ASMA E EXERCÍCIO In Asma Um Grande Desafio. Cruz AA Ed. Editora Atheneu, São Paulo, 2004. José Ângelo Rizzo Pneumologista, Alergologista, Professor de Pneumologia – UFPE, Mestre em Clínica Médica Emanuel Sávio C. Sarinho Pediatra, Alergologista, Professor de Pediatria – UFPE, Doutor em Pediatria. Almerinda Rego Pediatra, Alergologista, Professora de Pediatria – UFPE, Mestre em Pediatria.
Embora seja atribuída a Arataeus da Capadócia o reconhecimento de que a asma pudesse ser desencadeada pelo exercício físico vigoroso, na realidade esse extraordinário médico grego do século II D.C. fez mais que isso: descreveu pacientes com dispnéia associada ao esforço físico relacionando-o com a asma, a qual classificou como uma doença e não um sintoma, como até então. No século XVI, Sir John Floyer, um médico inglês, ele mesmo um asmático, fez observações detalhadas da sua doença em seu “Tratado sobre asma” e verificou, não só que o exercício físico era capaz de desencadear crises de asma, mas também como os vários tipos de exercício tinham diferentes potenciais de provocá-la. Assim, afirmava que o exercício que menos induzia à asma era andar a cavalo e entre os que mais a desencadeavam estavam serrar madeira, dançar e jogar boliche, nesta ordem1. O assunto passou despercebido até 1946 quando Herxheimer fez, provavelmente, o primeiro estudo objetivo sobre o assunto e verificou que a hiperventilação conseqüente ao exercício físico provocava, após sua interrupção, crises de asma com dispnéia e sibilância2. Apesar destas observações, o assunto despertou pouco interesse na literatura, até que, na década de 60, em uma série de trabalhos, Jones3,4 e seus colegas de Liverpool demonstraram não apenas que o exercício físico era desencadeante comum da asma na criança e no adolescente, como também que a intensidade