Educação fisica
O conceito de esporte educacional surge no fim da década de 1970, a partir da Carta Internacional da Educação Física e do Esporte, que renovou os conceitos do esporte em função da reação mundial pelo uso político do esporte durante a Guerra Fria. A partir dessas novas atribuições de significados à prática esportiva, o conceito de esporte foi ampliado com o Movimento Esporte para Todos, o que significou compreendê-lo não somente na dimensão do alto rendimento, mas também como esporte lazer e esporte educacional, passando a prática esportiva ser reconhecida como direto de todos. No Brasil, as três dimensões sociais do esporte são legalmente definidas (lei nº 9.615/1998 - Lei Pelé) da seguinte forma:
Dimensão do Esporte educacional – voltado para a formação integral do ser humano, sendo a prática esportiva não uma ferramenta, mas sim um fator de desenvolvimento global que promova uma leitura crítica do mundo em que o sujeito está inserido. Diferentemente do que ocorrem em relação às outras duas dimensões, aqui o praticante é denominado aluno, e não atleta. Desenvolvido dentro ou fora das instituições de ensino formal, adaptando regras, recursos físicos, materiais, pedagógicos e gestos motores, de acordo com as condições sociais e pessoais dos alunos, o esporte educacional opera pela lógica da desinstitucionalização, ou seja, não estabelece vínculos com nenhuma instituição/federação esportiva, o que possibilita a recriação de todas as modalidades, a adaptação de todos os jogos, o uso de diferentes materiais que favoreçam a aprendizagem dos alunos.
Dimensão do Esporte de participação – ou de lazer – pressupõe a atividade em tempo livre, desregrada e descompromissada, sem orientação profissional, sem busca de superação. Esse é o esporte pelo qual as pessoas buscam a socialização, a prática de atividade física prazerosa como a “pelada do fim de semana”, o vôlei/frescobol/futebol à beira mar, ou seja, a prática que não estabelece compromisso formal com o