educação fisica
QUESTÕES DE GÊNERO EM UNIVERSITÁRIOS PRATICANTES DE ESPORTES DE
AVENTURA
GENDER ISSUES IN UNIVERSTITY PRACTITIONERS OF ADVENTURE SPORTS
Fernando Luiz Cardoso*
Alcyane Marinho**
Giuliano Gomes de Assis Pimentel***
Resumo
Este estudo tem como objetivo comparar homens e mulheres praticantes e não praticantes de esportes de aventura com o intuito de identificar especificidades dentre os acadêmicos de um curso de graduação em Educação Física. Participaram desta pesquisa 157
(52%) homens e 145 (48%) mulheres, que preencheram, de forma anônima e privada, o Questionário de Identidade Sexual (QIC).
Cento e sete estudantes (35,1%) foram categorizados como não praticantes; 133 (43,7%), como praticantes esporádicos; e 62
(20,5%), como praticantes frequentes. Das variáveis controladas neste estudo, a prática de esporte de aventura pode ser explicada em 55% da sua variação para os homens e a satisfação corporal em 30% para os homens e 52% para as mulheres. Aspectos psicológicos de praticantes de esporte de aventura apontam para aspectos socioculturais das oportunidades, bem como para a dimensão psicológica de crianças que tiveram uma experiência motora coeducativa.
Palavras-chave: Esportes de aventura. Educação Física. Gênero.
INTRODUÇÃO
As representações coletivas e os meios de comunicação de massa tendem a focalizar uma visão extremista dos praticantes de esporte de aventura (BETRÁN, 2003), cabendo ao universo acadêmico contribuir para o entendimento sobre esses sujeitos, a partir de instrumental científico. Tal é o grau de distorção sobre os aspectos psicológicos dos praticantes, que os próprios meios representativos das modalidades (especialmente aquelas praticadas em ambiente natural) abandonaram o adjetivo radical, revelando preferência em situar o caráter lúdico e de aventura dessas práticas.
Nesse contexto, ainda que outros termos sejam mais flexíveis e traduzam melhor
o significado dessas