Educação fisica
Natação. Lisboa.
1. INTRODUÇÃO
Um dos temas que mais controvérsia ou discussão gera, quando se fala no ensino da natação é o da relevância pedagógica dos materiais auxiliares.
De acordo com alguns autores, a utilização dos materiais, com especial ênfase para aqueles que auxiliam à flutuação, serão de todo de evitar. Aliás, para alguns deles, mais radicais, a utilização desses materiais será condenável (Catteau e Garrof, 1988). Atrasam o processo de consciencialização da impulsão e da flutuabilidade (Catteau e Garrof, 1988). Assim, estes autores sugerem um ensino onde o aluno desde o início deverá procurar resolver por si mesmo os problemas fundamentais do equilíbrio.
Uma outra corrente defende a utilização dos materiais auxiliares (Langendorfer e Bruya, 1995;
Navarro, 1995; Moreno e Sanmartín, 1998; Barbosa e Queirós, 2000). Com a ressalva de que a sua utilização excessiva e abusiva criará nos alunos dependências, tornando mais complexo, posteriormente, o processo da sua abolição (Navarro, 1995; Barbosa e Queirós, 2000).
Assim, é objectivo desta comunicação apresentar as principais vantagens e desvantagens da utilização de materiais auxiliares no processo de adaptação ao meio aquático.
2. VANTAGENS DO USO DOS MATERIAIS AUXILIARES
Os autores que defendem a utilização dos materiais auxiliares, no processo de adaptação ao meio aquático, apresentaram diversos argumentos, sustentando as suas opiniões. Navarro
(1995) elenca algumas vantagens para a utilização dos ditos materiais: (i) aumenta a sensação de segurança do aluno; (ii) o aluno fatiga-se menos, logo, a densidade motora ou a duração da aula poderá ser superior; (iii) o ensino é mais atractivo para o aluno e; (iv) os alunos aprendem a realizar um maior