educação fisica
REAFIRMANDO O MARXISMO CONTRA O SIMPLISMO INTELECTUAL
Celi Zulke Taffarel[1]
Micheli Ortega Escobar[2] Passaram-se quatorze anos do inédito debate “Mas, afinal, o que é Educação Física?”, promovido pela Revista Movimento (Ano I, Nº 1, Setembro 1994)[3], pioneira na utilização desse importante recurso no âmbito nacional, por demais necessário para o enriquecimento da crítica, que incitou a explicitação e a revisão das posições teóricas de alguns intelectuais da área. Portanto, continua sendo prioridade estimular a atitude crítica, não simplesmente em relação à produção de autores como aqueles com quais debatemos, mas, também em relação à grande parcela da intelectualidade brasileira da área que insiste em elaborar explicações mistificadoras da realidade, mantendo ilusões e contribuindo para o atraso da revolução.
Perry Anderson (2004: 37) em debate sobre “A batalha das idéias na construção de alternativas” afirma que “Marx tinha razão dizendo que as idéias dominantes no mundo são sempre as idéias das classes dominantes, é muito claro que estas classes – em si mesmas – não mudaram em nada nos últimos cem anos... Entretanto, é igualmente claro que as formas de sua dominação ideológica mudaram significativamente”. A expressão disto no campo das idéias foi um crescente assalto e uma distorção de conceitos afirma Anderson.
Neste momento em que o imperialismo – fase superior do capitalismo (LENIN, 2007) assume seu teor mais dramático é inaceitável que a academia continue a negar as categorías e leis da dialética materialista histórica, continue a se valer de concepções teóricas idealistas que desestimulam, enfraquecem e desmobilizam a força e a unidade das lutas de classe, atrasando (SOKOL, 2007, p. 186) a revolução proletária para “livrar a humanidade de um sistema de produção condenado”. A passagem do imperialismo à revolução socialista continua encontrando o obstáculo dos que defendem a “transformação social” somente nas