Educação especial e geografia: proposta metodológica para estudantes visuais e invisuais.
Resumo
De acordo com os dados da organização Mundial de Saúde (2005 apud NOGUEIRA, 2009), cerca de 10% da população mundial possui alguma deficiência. No Brasil, conforme os dados do censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000, aproximadamente 14,5% da população, cerca de 24 milhões de brasileiros, possuía algum tipo de deficiência. Ainda de acordo com esse censo, 16,6 milhões de brasileiros possuem alguma ou grande dificuldade de enxergar. Entre os que se declararam ser incapazes de enxergar, 620 mil têm menos de 40 anos. Tais dados justificam o empenho da sociedade em criar e dispor meios que possibilitem a inclusão dessas pessoas na sociedade. No que concerne à Geografia, acreditamos que os educadores e pesquisadores podem contribuir nesse processo inclusivo ao proporem metodologias e materiais didáticos para auxiliar a apreensão do conhecimento geográfico e espacial dessas pessoas, ou que as auxiliem na sua orientação e independência de mobilidade. A proposta do presente estudo é apresentar mapas confeccionados com diferentes texturas oriundas de diferentes tipos de cereais, papéis, sementes, entre outros, que servem como apoio aos alunos visuais e invisuais nas aulas de Geografia, devido sua facilidade de transporte, riqueza de informações e boa leitura gráfica e tátil.
Palavras chave: Educação Especial, Geografia, proposta metodológica.
Introdução Este artigo é resultado de um trabalho maior e mais complexo desenvolvido a partir de duas disciplinas da grade acadêmica do curso de Geografia da Universidade Federal do Maranhão: Elaboração de Proposta de Trabalho I e II. Tal trabalho, intitulado como “Necessidade e comprometimento da escola pública com a educação de qualidade dos portadores de necessidades especiais visando a inclusão social dos portadores de deficiência visual”, sob orientação da professora Irecer