Educação Especial: Da exclusão explícita ao assistencialismo acanhado
Durante o período da exclusão, o misticismo e o ocultismo colaboraram para que o deficiente fosse marginalizado em razão do desconhecimento sobre as causas da mesma. Até o século XV, crianças deformadas eram jogadas nos esgotos da Roma Antiga, enquanto que na Idade Média encontravam abrigo nas igrejas ou exerciam a função de bobos da corte. Do século XVI ao XIX, pessoas com deficiências físicas ou mentais continuavam isoladas do resto da sociedade, condenadas a viver em asilos ou sanatórios, caraterizados como loucos ou doentes, porque a sociedade não sabia como levá –los a participar da mesma ( MAZZOTA, 1999).
Outra ideia que perdurou por muito tempo foi a de que a “deficiência” era imutável portanto nada se podia fazer melhorar as condições de vida e desenvolvimento dos indivíduos deficientes ( ADRIÃO, 2001).
Uma investigação sobre estas medidas mostra que até o final do século XIX diversas expressões eram utilizadas para referir-se ao atendimento educacional aos portadores de deficiência: Pedagogia de anormais, Pedagogia Teratológica, Pedagogia Curativa ou Terapêutica, Pedagogia de Assistência Social, Pedagogia Emendativa. Algumas dessas expressões, ainda hoje, são utilizadas, a despeito de sua impropriedade, segundo meu ponto de vista (MAZZOTA, 2001).
A defesa da cidadania do direito à educação das pessoas portadoras de deficiência é atitude muito recente em nossa sociedade. Manifestando-se através de medidas isoladas, de indivíduos ou grupos, a conquista e o reconhecimento de alguns direitos dos portadores de deficiências podem ser identificados como elementos integrantes de políticas sociais, a partir de meados deste século (MAZZOTA, 2001).
Foi principalmente na Europa que os primeiros movimentos pelo atendimento aos deficientes, refletindo mudanças na atitude dos grupos sociais, se concretizaram em medidas educacionais. Tais medidas educacionais foram se expandindo, tendo sido