Educação em Saúde na Prática do Programa de Saúde da Família
Acadêmica: Priscila Romera Anastácio
Professora: Maria Aparecida Vieira
Introdução
A Educação em Saúde não é algo recente. No séc. XVIII, na Europa, foram elaborados almanaques que tinham por função difundir cuidados “higiênicos” para gestantes, crianças e medidas de controle epidemiológico. Algumas ações foram estruturadas no sentindo da educação, aplicando informações para a população em geral sobre as principais doenças, enfatizando inúmeras recomendações sobre comportamentos “certos” e “errados” relacionados à vivência das doenças e à sua prevenção. Ao longo do tempo, observou-se diversas interpretações e explicações sobre a ocorrência das doenças, que influenciam também na forma de se estruturar educação em saúde e organização de ações educativas. Porem este instrumento foi falho, devido à fragilidade na sua operacionalidade e a falta de discussões mais profundas sobre os diferentes modelos adotados. Nos serviços de saúde brasileiro destacou-se a vigência de um modelo assistencial que privilegiava as ações curativas e centrava-se no atendimento médico, com uma visão estritamente biológica do processo saúde-doença. Tais atividades educativas visavam modificar praticas dos indivíduos consideradas inadequadas, mediante prescrições de tratamentos, condutas e mudanças de comportamento. Nesse modelo propõe-se atividades chamadas participativas, particularmente a formação de grupos, praticamente inexistindo espaço para outras manifestações que não fossem duvidas pontuais a serem respondidas pelos profissionais. Percebeu-se que, nesta época, uma lacuna de informações na população atendida, sobre seu processo patológico, alternativas terapêuticas e também sobre o futuro do agravo vivenciado. Em muitas situações, a falta de conhecimento por parte da clientela acarretava inumeros problemas. A