educação eja
Analisando a literatura educacional sobre as propostas de mudança nas escolas, notamos, claramente, que elas são diversificadas, dão ênfase a aspectos distintos e a elementos do processo de ensino e aprendizagem, como professores, recursos, materiais didáticos e estratégias de ensino (Carvalho; Gil-Pérez, 1995; Aquino; Mussi, 2001; Serrão, 2006). Porém, encontramos em comum, nas propostas de melhoria da Educação Brasileira, o fato de que elas abordam a formação inicial e continuada dos docentes.
Nesta perspectiva, muitos autores estão em consonância em afirmar a importância da experiência e da prática profissional para o desenvolvimento de bons professores (tardif, 2006; terrien, 1997; serrão, 2006). Concordamos com Therrien (1997), quando o autor ressalta a importância dos saberes experienciais - fruto da vivência e da prática profissional dos atores sociais - para o trabalho docente:
Nossas investigações se juntaram então aos estudos voltados para os saberes mobilizados nas práticas educativas, em particular os saberes da ação, do saber-fazer, da experiência, como resultantes da transformação, na práxis, dos diversos saberes instituídos (curriculares, disciplinares e de formação profissional), bem como dos saberes da prática social e da cultura dos educadores. Nossas pesquisas anteriores revelavam que pelo ângulo da experiência os saberes escolares são retraduzidos, transformados e incorporados pelos docentes nas suas práticas quotidianas, integrando-se à sua identidade e constituindo-se elementos fundantes da condução de sua ação educativa, de seus julgamentos e de suas decisões pedagógicas. (Therrien, 1997, p. 12)
Apesar de numerosos estudos se debruçarem sobre o tema da formação do educador, ainda persiste o descontentamento e a crítica dos docentes em relação à inadequação e à dissociação entre sua formação e as exigências da prática cotidiana da sala de aula. Por isso, a importância de se estudarem os aspectos que se relacionem à formação