Educação de Jovens e Adultos

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Segundo Vygotsky, “Todos os indivíduos são construtores de cultura; logo, no desenvolvimento da inteligência dos jovens e adultos, pode-se partir do imenso cabedal de saberes acumulados (desenvolvimento real) e tentar provocar o nível potencial, fazendo “proximações” possíveis para outros saberes culturais e científicos.” Partindo do pressuposto mencionado acima, pode-se dizer que torna-se essencial valorizar os conhecimentos prévios dos alunos jovens e adultos para que se possa promover um ensino significativo. A prática, portanto, deve partir de temas relacionados a conhecimentos já aprendidos e,progressivamente, deve criar situações que provoquem um encontro desses saberes com os saberes formais a serem aprendidos. O conhecimento desse alunado deve servir como porta de entrada para outros conhecimentos que não fazem parte da vida cotidiana dos mesmos, mas que são necessários para sua real inserção na sociedade. Por isso, o educador deve valer-se do diálogo e da mediação para que, através da interação, o pensamento e a linguagem formem a consciência do sujeito.
Em decorrência do fato de a prática de alfabetização realizada por Paulo Freire, principalmente direcionada ao público da EJA, ter sido inovadora e ter dado resultados positivos rapidamente, o seu jeito de ensinar recebeu várias nomeações, entretanto, o que o mesmo deixou bem claro é que não se trata de um método, mas de uma nova concepção de educação e de processo ensino-aprendizagem, uma vez que era um direcionamento, portanto, caberia ao professor encontrar uma maneira própria de ensinar. Em outras palavras, deveria ser concebida como orientação, não como algo pré-estabelecido, inerte e engessado. Essa concepção dialógica de Paulo Freire, por basear-se em relações do contexto escolar e fora dele trouxe à tona um novo perfil para o professor, um perfil de companheirismo, de camaradagem, de respeito, de mediação, enfim, trouxe para o processo de