EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTO
4517 palavras
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1. INTRODUÇÃO: [...] “Pergunto coisas ao buriti; e o que ele responde é: a coragem minha. Buriti quer todo azul, e não se aparta de sua água – carece de espelho. Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende. (Guimarães Rosa, Grande Sertões Veredas) . Aprender é uma tarefa árdua, em que se convive o tempo inteiro com o que ainda não é conhecido. Constantemente, o homem é levado a refletir sobre a sua ação e buscar respostas aos desafios propostos e, nesse processo, constrói conhecimento. Sendo assim, o conhecimento nasce da ação e é agindo que ele se confronta com a necessidade de aprender, como é próprio dos seres humanos agir no mundo, todas as pessoas tem conhecimentos e produzem conhecimento. (Propostas Curriculares Nacionais/MEC) Quando jovens e adultos procuram programas de elevação de escolaridade, em sua maioria, buscam melhores chances de inserção no mercado de trabalho, explicitamente expressa pelo certificado formal do grau de escolaridade alcançada. Assim, para algumas instituições e para o mercado de trabalho, um determinado nível de escolaridade é condição para o exercício da atividade correspondente, sem a escolaridade requisita, a pessoa nem sequer é submetida aos demais processos seletivos que eram necessários para a sua inclusão. Entretanto, existem outras razões além da certificação de escolaridade que motivam os jovens e adultos trabalhadores a ingressarem em programas de elevação escolar. Além, da certificação está também à vontade de dominar os saberes escolares, e a busca do reconhecimento social e a afirmação da autonomia. O conhecimento escolar, independentemente de sua aplicabilidade, é um valor, de modo que dominá-lo é uma forma de se sentir incluído na sociedade.
Ao valorizar o conhecimento, o professor da educação de jovens e adultos (EJA), em sua prática pedagógica tem um papel fundamental ao constituir-se mediador na relação do sujeito com o objeto a ser conhecido. Pois, ao favorecer a