Educação ambiental e a relação do homem com a natureza
O ser humano quando evoluiu de sua espécie primitiva até chegar aos dias de hoje, trouxe junto com essa evolução a tecnologia. No princípio essa tecnologia servia para melhorar sua vida, como foi o fato da invenção da roda e de muitos outros artefatos, que vieram contribuir para a diminuição do desempenho da força bruta no momento de desenvolver atividades laborais.
Francis Bacon, filósofo inglês do século XVII, é considerado um dos precursores do método científico. Ele acreditava que o saber científico deveria ser medido em termos da capacidade de denominação da natureza, das forças naturais, como as águas, os rios e as tempestades. Ficaram na história impressionantes afirmações suas, como: “Devemos dominar a natureza e atrelá-la a nossos desejos”; a natureza “é obrigada a servir”, deve ser “escravizada“, “reduzida à obediência”. Para ele, o cientista deveria “extrair da natureza, sob tortura, todos os seus segredos”. Essas imagens violentas são muito significativas do novo espírito e da atitude da “revolução científica” para com a natureza. Essa linguagem também remete ao século em que Bacon viveu. E, nesse sentido, lembra as palavras e os procedimentos usados na Inquisição contra os acusados de bruxaria, em grande parte mulheres. A natureza estava assim colocada no banco dos réus diante dos cientistas.
Ao separar radicalmente a natureza da cultura, a ciência sacrificou a diversidade em nome da universalidade do conhecimento, reduzindo os fenômenos culturais às determinações das leis naturais gerais.
A intolerância ao desconhecido e a pretensão de esgotar todos os mistérios da natureza foram bastante alimentadas pelas promessas de progresso e eficácia. Criou-se então, a tecnologia e a essa gerou o tão esperado progresso, e, em detrimento dele, imensas áreas são inundadas para a construção de usinas hidrelétricas, grandes extensões de florestas são devastadas para a obtenção de madeira para a construção de casas, de móveis e utensílios