Educação africana

Educação no continente africano contemporâneo, dos valores tradicionais aos modernos sistemas de ensino na atualidade

Introdução
Este estudo tem por objetivo apresentar a história do desenvolvimento da educação no continente africano, levando em conta suas dificuldades de difusão, não só pela extensão do continente, mas também pela grande diversidade de culturas existente na África e pela hierarquia presente em todas essas culturas.
Essas dificuldades presentes nos períodos iniciais do desenvolvimento cultural africano são a causa de algumas formas de educação terem se formado antes que outras, como foi o caso da cultura egípcia.
O conhecimento foi, principalmente, adquirido através de experimentos, ou seja, através de práticas e, posteriormente, transmitido de geração em geração. Havia, portanto, uma valorização dos “sábios” e “anciãos” que eram os responsáveis por difundir suas culturas.
Assim como na antiguidade, nossos estudos revelaram que a educação nos tempos atuais é influenciada pela cultura, modo de vida, costumes e religião das respectivas regiões africanas.

Capítulo I: Século XVI ao XVIII
Segundo o autor R. Vesely cita em História Geral da África Volume V, as primeiras informações que se tem sobre a educação na África datam da época do final da soberania do sultanato mameluco e ainda, da transformação do Egito em uma província do Império Otomano. Por conta dessa “transformação”, várias consequências ocorreram no desenvolvimento da atividade cultural egípcia, tais como a nova ordem das relações sociais, econômicas e nacionais. No setor educacional a grande influência se deu pela língua árabe, no sentido de meio de expressão.
Depois de ocorrida a queda do sultanato Mameluco, Cairo passa a ser o centro das universidades. Todas elas eram agrupadas em torno da mesquita al- Azhar e segundo a cultura islâmica, os homens ali presentes eram homens em busca do conhecimento. Muitos vinham de outras regiões especialmente para