EDUCA O F SICA
UMA REFLEXÃO SOBRE OUTROS
“MODOS DE OLHAR”
Alexander Palma
Estamos inseridos em um modo de produção que transforma tudo em mercadoria, cria novas e falsas necessidades para assim produzir cada vez mais lucro, e a Ed. Física não esteve imune a esta lógica, vivemos o culto do corpo perfeito, onde os sacrifícios são apenas detalhes na conquista do corpo perfeito, que pode ser feito através de plásticas ou conquistado com “saúde” através de incansáveis e intermináveis repetições de movimentos em academias, para tanto a cada dia surge novas modalidades que prometem o alcance mais rápido ao corpo perfeito e isso tudo sendo legitimado com um discurso de saúde.
Nunca foi tão grande as contradições vividas na sociedade, nunca se lucrou tanto e nunca se viu tanta pobreza, ao mesmo tempo em que se cultua o corpo perfeito e saudável, a saúde publica vive uma grande crise, deixando oferecer saúde a milhares de pessoas, sendo que estas são pessoas com condições socioeconômicas menos favorecidas, já se sabe que grupos sociais com baixos níveis socioeconômicos ficam mais vulneráveis às doenças e não tão somente as doenças contagiosas mas as doenças crônicas também. Processo semelhante acontece na pratica de atividade física, pesquisa apontam uma forte associação entre o baixo nível de educacional e o sedentarismo.
A Educação Física vem reivindicando seu espaço na saúde publica, mas antes de reivindicar este espaço nada melhor que se entender melhor o que é saúde, este não é um conceito fácil de ser discutido, em muitos dos casos ele é entendido como ausência de doença, que hoje se mostra um conceito atrasado e superado. De acordo com Minayo (1992, p.10) “Saúde é o resultado das condições de alimentação, habitação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso aos serviços de saúde. É, assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar