Educ ambiental
Não são as crianças que devem cuidar da natureza e sim nós, adultos, para garantir a elas um bom futuro
As regras têm feito o maior sucesso neste nosso tempo, não é verdade?
Esse fato é mais uma evidência de que vivemos em um mundo infantilizado.
Criança pequena necessita de regras porque ainda não consegue compreender princípios. Mas, à medida que ela vai crescendo, precisa aprender os princípios que regem a vida, para que as regras se tornem desnecessárias ou sejam utilizadas com autonomia e liberdade.
Um bom exemplo são os cuidados com a saúde que precisamos ensinar aos menores, o que demonstra o amor à vida.
Inicialmente, os pais estabelecem regras: escovar os dentes após as refeições, tomar banho diariamente, lavar as mãos antes de se alimentar etc.
Entretanto, se essas regras iniciais não se transformarem em algum princípio -no caso, o autocuidado, que expressa respeito consigo mesmo-, logo elas podem ser descartadas.
Seguindo esse exemplo, temos várias pistas de que nós não estamos alcançando muito êxito com esses ensinamentos.
Na adolescência, época em que transgredir as regras é usual, não observamos muitos indícios de que os jovens aprenderam a amar a vida e a se respeitar, não é verdade?
Pois não podia ser diferente, portanto, com a educação ambiental.
Crianças precisam aprender desde cedo a amar a natureza e a entender o relacionamento do ser humano com ela. E a melhor maneira de começar esse processo é colocar a criança em contato com a natureza para que ela possa interagir, descobrir e reconstruir as relações entre natureza e cultura.
Com esse estilo de vida urbano que nós escolhemos, mesmo em cidades pequenas, é muito difícil haver espaço para que ocorra de verdade esse relacionamento entre criança e natureza.
As escolas de educação infantil, por exemplo, por pressão social e por convicção, são construídas para que o aluno fique muito tempo na sala e tenha pouco contato com a natureza.
E tem