Edith penrose
“A empresa cresce, acumula capacidade e recursos. A própria elaboração de estratégia depende da avaliação dos membros da empresa, e também de conhecimentos e experiência adquirida. Penrose destaca: “considera os vários objetivos sendo perseguidos pelos gerentes são objetivos mais amplos (lucro, segurança, parcela de mercado são resultados da empresa).”
Nos capítulos iniciais de seu livro, publicado em 1959 no qual a autora se propõe a desenvolver uma teoria do crescimento da firma — questão até então praticamente ignorada pela teoria econômica, na qual a firma aparecia basicamente no âmbito da teoria estática de formação de preço em equilíbrio parcial. Penrose faz uma revisão do próprio conceito de firma implícito na análise de equilíbrio parcial. Nessa análise, a firma constitui uma entidade que toma decisões quanto a preço e quantidade produzida de um produto específico com o objetivo de maximizar seu lucro em um contexto estático; assim, a firma pode ser identificada a uma função de produção e a uma curva de custo. Considerando que o conceito de firma, no âmbito de uma determinada teoria, depende de como essa teoria caracteriza sua função dentro da economia, Penrose conclui pela necessidade de um novo conceito que caracterize a firma como uma “growing organization” e não como um “price-and-output decision maker for given products”. Assim, a definição de firma que adota enfatiza “seu papel como uma unidade autônoma de planejamento administrativo”, indicando que é “a área de coordenação — a área de ‘comunicação de autoridade’ (authoritative communication) — que deve definir as fronteiras da firma para nosso propósito”; assinala, contudo, que “a firma é mais do que uma unidade administrativa: é uma coleção de recursos produtivos, cuja alocação entre diferentes usos e ao longo do tempo é determinada por decisões administrativas”, destacando, dentre esses recursos produtivos, o grupo