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"É através do sentido da audição que o homem percebe os sons da vida, se comunica com seus semelhantes e desenvolve o pensamento abstrato. E por falar no bem de ouvir, o que tem tudo a ver com a saúde do indivíduo, vale a pena nos reportarmos a tema de extrema importância: a poluição sonora, a terceira maior poluição do meio ambiente, segundo a Organização Mundial da Saúde. Menor, apenas, do que a poluição da água e do ar.
Mais de 5 milhões de jovens norte-americanos apresentam alguma perda de audição, causada principalmente por ruídos deflagrados por várias fontes tais como concertos de rock, walkman, cortadores de grama etc. As autoridades de saúde ficaram alarmadas com o fato de, para pelo menos 250.000 deles, a deficiência pode ser de moderada a profunda e de caráter definitivo, segundo estudo publicado no jornal Pediátricos.
Seja pela prática de atirar com armas de fogo sem proteger os ouvidos, pelo uso inadequado de walkman, vilão da surdez juvenil no Brasil, ou por ter passado o carnaval bem perto daquelas caixas de som super potentes dos clubes e trio-elétricos, que podem atingir intensidades sonoras da ordem de 120 dB NA (perto do limiar da dor!). Uma pessoa pode apresentar uma lesão, muitas vezes irreversível, nos sensores celulares que se localizam dentro do caracol (cóclea), no intrincado e sensível órgão de Corti, responsável pela percepção do som e sua posterior propagação para o nervo auditivo e cérebro.
Uma pessoa não pode permanecer em um ambiente com atividade sonora de 85 dB NA de intensidade por mais de oito horas. Esse tempo cai para quatro horas em lugares com 90 dB NA; duas horas em locais com 95 dB NA; uma hora aonde a intensidade chega a 100 dB NA.
Para não sermos atingidos por este sério problema de saúde, necessitamos adequar nossa postura frente aos novos tempos de furor tecnológico para intensidades sonoras, alimentado pela falta de organismos eficientes para controlar a poluição