Edema agudo de pulmao
Faculdade de Ciências Médicas
Portfólio Clínica Médica IV
Acadêmico:
Henrique Ribeiro Soubhia
Alfenas – MG
2011
Relato de caso I – Clínica Médica
Acadêmico: Henrique Ribeiro Soubhia
Data: 23/2/2011
Paciente M. S. R, sexo masculino, 31 anos, leucoderma, etilista de longa data (cerca de 1 garrafa de pinga/dia há mais de 20 anos), dá entrada no setor de emergência do HUAV, com quadro de dispnéia, desencadeada aos pequenos esforços, associada a febre não termometrada. Relata que sintomas se iniciaram há dois dias, não tendo feito uso de medicamentos para melhora do quadro. Relata também que a cerca de um ano vem apresentando quadro diarréico, em pequena quantidade, associado a tenesmo, dor abdominal difusa, náuseas, vômitos e hiporexia. Ao exame físico o paciente se encontrava em REG, hipocorado +/4+, desidratado ++/4+, ictérico ++/4+ e afebril. PA: 100/60 mmhg, FC: 72 bpm e FR: 16 rpm. Na ausculta pulmonar haviam roncos e sibilos difusos bilateralmente, e no exame físico do abdome foi observada uma ascite de grande volume, com sinal do piparote positivo, aranhas vasculares, circulação colateral e hepatomegalia à percussão de hipocôndrio direito. A partir de então foram solicitados exames complementares, e realizada uma paracentese de alívio e diagnóstica. Na paracentese foram drenados 800ml de líquido ascitico amarelo citrino, com polimorfonucleares raros, o que descartou a hipótese de infecção (de acordo com a literatura sugere processos infecciosos uma contagem de PMN > 250/mm³). O GASA (gradiente soro-ascite de albumina) foi de 2,2 mg/dl, o que sugere hipertensão portal. Foi então solicitada uma EDA (é indicada em pacientes com hipertensão portal para pesquisa de varizes esofágicas), que evidenciou varizes esofágicas grau II (médio calibre), sendo assim realizada a ligadura elástica e prescrito propranolol (segundo a literatura, em varizes de médio e grosso