Ed.especial

A Educação Especial tem vindo a evoluir bastante ao longo dos tempos. Até finais do século XIX a escola nem admitia aqueles que estavam socialmente excluídos. Entre 1940-1964, surge a primeira intervenção oficial do ministério da educação com a criação do I.A.A.C.F. e a abertura de classes especiais anexas às escolas primárias oficiais. Na década de 60, devido à guerra colonial e ao aumento do número de deficientes, o apoio aos deficientes é reforçado. Assim, há a abertura de Escolas Especiais para cegos, surdos e débeis mentais, a integração de cegos nas classes regulares e a criação de Centros de Educação Especial. Entre 1975 e 1984, criam-se equipas distritais para o Apoio Pedagógico a crianças deficientes integradas nas escolas regulares, abertura de Cooperativas de Ensino para crianças deficientes (Cerci’s) e implementação das Equipas de Educação Especial. A partir de 1980/90 há a consolidação da integração como um direito social com a Lei de Bases do Sistema Educativo (1986), o Decreto-lei 319/91 e a Conferência de Salamanca (1994).
Com a declaração de Salamanca, em 1994, surge o conceito de Escola Inclusiva que consiste em “todos os alunos aprenderem juntos, sempre que possível, independentemente das dificuldades e diferenças que apresentem” (Declaração Salamanca, 1994, art.7º). Esta declaração valoriza a ideia de que todos temos um contributo positivo para oferecer à própria escola e à sociedade, incluindo as crianças com NEE, sendo a diversidade de pessoas sinónimo de enriquecimento. A escola inclusiva deve satisfazer as necessidades dos alunos, adaptando-se aos estilos e ritmos de aprendizagem, para garantir um bom nível de educação para todos, através de currículos adequados, de organização escolar, de estratégias pedagógicas, de utilização de recursos e de uma cooperação com as respetivas comunidades.
Ainda existe um grande caminho a percorrer para que exista a verdadeira inclusão nas escolas. Toda a escola tem de investir, pois é um trabalho de