Ed 04 Jcd 2
MATÉRIA ORGÂNICA EM AMOSTRAS AMBIENTAIS
Jailson Cardoso Dias* e Waterloo Napoleão de Lima
Departamento de Química, Centro de Ciências Exatas e Naturais, UFPA
CEP 66075-110, Belém-PA, tel: (0**91) 211-1833, e-mail: jailson@ufpa.br
*Bolsista PIBIC/CNPq
RESUMO
O presente trabalho descreve uma comparação de metodologias usadas na determinação de matéria orgânica em amostras ambientais (águas subterrâneas e superficiais, solo e sedimentos) coletadas na mesorregião Nordeste do estado do Pará, incluindo a região metropolitana de Belém. A amostragem para as águas superficiais foi realizada em períodos sazonais contrastantes (estiagem de 2002 e chuvoso de 2003), visando verificar a variação de parâmetros físicos, físico-químicos e químicos (temperatura, condutividade elétrica, cor, turbidez, pH, acidez, alcalinidade, material particulado em suspensão e sólidos totais dissolvidos). As amostras de águas subterrâneas, assim como as de solo e sedimentos foram coletadas em um único período (estiagem de 2002). Para a quantificação da matéria orgânica, visando estudo comparativo, selecionou-se quatro métodos analíticos consagrados na literatura, sendo dois para águas (ambos titrimétricos de oxi-redução, utilizando diferentes reagentes) e dois para solos e sedimentos (gravimétrico e titrimétrico de oxi-redução utilizando dicromato de potássio em meio ácido). Nas águas, a concentração de matéria orgânica, avaliada pelo método da oxidação por permanganato de potássio, apresenta valores que variam de 3,48 a 25,88 mg.L-1. Através do método da oxidação por dicromato de potássio os valores foram mais elevados, variando de 11,03 a 34,69 mg.L-1. Com base nesses resultados, verifica-se que o permanganato, em condições menos enérgicas, ataca somente a matéria orgânica mais facilmente reativa (mais lábil), enquanto que o dicromato, em condições mais enérgicas, além de atacar a matéria orgânica mais reativa, também ataca a mais resistente,