ecoturismo
A atividade turística hoje corresponde a um segmento economicamente promissor, tendo em vista ser necessária enquanto relevante manifestação cultural e social da atualidade. E isto representa uma realidade mundial.
O ecoturismo, ou turismo sustentável, representa uma forma eficaz e sustentável de acesso à natureza, além de incentivar a preservação e recuperação do patrimônio. E, ao mesmo, tempo, promover também a educação ambiental.
A exemplo, o município de Salesópolis surgiu entre os séculos XVI e XVII no cruzamento das poucas trilhas que serviam de rotas comerciais e que ligavam o Litoral Norte ao Alto Tietê e Vale do Paraíba. Diante da inexistência de melhores caminhos para o porte de São Sebastião, o Governo da Província de São Paulo determinou que se iniciasse a abertura de estradas que levassem o comércio, a agricultura e o povoamento às regiões que compreendiam Ilha Bela, São Sebastião, Caraguatatuba, Paraibuna e Salesópolis (antiga São José do Parahytinga).
As obras só foram iniciadas no princípio do século XIX, com a ajuda dos Padres de São Sebastião, então designados inspetores de estradas. O padre Manoel de Faria Dória foi o único a completar sua missão e a de seus companheiros. Porém, com a sua morte, a principal estrada foi fechada e por interesses políticos conflitantes, foi proibida de ser mencionada em mapas e documentos a partir de 1843. Nesse tempo, ante a clandestinidade da estrada, as Rotas Dórias e do Sal se tornaram caminhos clandestinos do tráfico negreiro, passando a ser, secretamente, de grande importância histórica, cultural e para o desenvolvimento econômico das regiões que se interligavam.
Hoje, a Rota Dória mapeia os passos dos africanos em terras brasileiras no Estado de São Paulo e se junta, como peça de quebra-cabeça dessa parte da história, com registros arquitetônicos que se tornaram ponto de visitação, como o Casarão Senzala, em Salesópolis, e o Sítio Arqueológico, em São Sebastião.