ecossistemas
A incorporação de conceitos de sucessão ecológica e ecologia da paisagem em trabalhos sobre restauração tem trazido significativas mudanças metodológicas para estas atividades. Uma delas é a sinalização da importância de se realizar diagnósticos das áreas em estudo, antes da aplicação de qualquer técnica de restauração. Portanto, para definir a melhor estratégia para restaurar um ecossistema há necessidade de um melhor entendimento de uma série de processos ecológicos que ocorrem na comunidade. Desta forma, a avaliação do potencial de regeneração pode fornecer relevantes informações para a tomada de decisões sobre as ações mais apropriadas na restauração ecológica de uma área degradada. O banco e a chuva de sementes expressam a dinâmica natural da vegetação e são indicadores do potencial de resiliência de uma comunidade. Na definição de estratégias adequadas para a restauração de áreas degradadas pode-se definir como uma primeira etapa de diagnóstico, a avaliação do banco de sementes e da chuva de sementes. Posteriormente, técnicas nucleadoras podem ser propostas para potencializar a restauração dessas áreas.
O aporte de sementes de áreas diagnosticadas pode representar a potencialidade de sucessão local através da dispersão alóctone e autóctone de sementes e, conseqüentemente, o aumento da diversidade genética regional através do fluxo gênico. O fluxo de sementes tem capacidade de manter o dinamismo do banco de sementes e do banco de plântulas, dando continuidade ao processo sucessional. Em paisagens com poucos remanescentes florestais, os fragmentos adjacentes