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Desta forma, Smith escreveu A Riqueza das Nações com o intuito de expor como tais sistemas, principalmente o mercantilismo, não servem como formas sólidas de atividade econômica, isto é, não se adéquam à finalidade da economia, a qual, na interpretação smithiana, se resume a aumentar aquilo que se chama riqueza do país ou, em termos mais atuais, rendimento real nacional.
Para tanto, Smith vai passar boa parte de seu livro mostrando como o mercantilismo, na realidade, é maléfico para o bom funcionamento de uma economia. Também idealiza a teoria do valor-trabalho, a qual diz que o trabalho é a forma geradora de valor, e não a quantidade de moedas nem a terra, como diziam o mercantilismo e a fisiocracia respectivamente. Cria-se, assim, a antítese dessas teorias.
Enfim, como a balança comercial se traduz no ponto central da teoria mercantilista, ou seja, a riqueza de uma nação é medida pelo ouro e pela prata, o comércio é a esfera fundamental da economia. Daí ser denominado Capitalismo Comercial, e acho que isso seria uma das formas de capital que precederam o capitalismo.
A outra, diz respeito aos sistemas agrícolas de economia política, a fisiocracia propriamente dita. Neste sistema, é o produto da terra a única ou principal fonte do redito e riqueza de qualquer país, o que também seria uma forma anterior ao capitalismo.
Minha dúvida é, na verdade, com a definição de capital que seu professor faz uso, porque como agora estamos em Marx, isso fica um pouco confuso. Para mim, à época do mercantilismo, o capitalismo já existia, ao menos em sua forma inicial ou no processo de acumulação primitiva, por isso a pergunta formas de capital antes do capitalismo me soa um pouco estranha. Mas espero ter ajudado em alguma coisa pelo menos.