Economia
PROF. ANTONIO ELDER
Prezados alunos, vimos que no decorrer de aproximadamente quatrocentos anos, a economia do Brasil teve sua gestão organizada para os interesses do mercado externo, cujos produtos que formavam a renda do nosso país estavam vinculados à produção e exportação de mercadorias que geravam maior nível de rendimento. Neste sentido, muitas vezes, a organização da economia vinculava-se a um contexto de ciclos econômicos, cabendo destacar que foram três os grandes ciclos que marcaram profundamente a vida econômica do Brasil sucessivamente, isto é, o ciclo do açúcar, do ouro e o ciclo do café. Sendo que a economia brasileira teve os ciclos menores do algodão, da borracha e do cacau, além do extrativismo inicial do pau-brasil. E os subciclos do gado e do fumo tiveram função complementar, como auxiliares dos ciclos principais.
Interessante notar que as mais significativas mudanças no plano econômico começaram a ocorrer em duas direções, sendo uma delas em função do esgotamento da produção de bens primários (dentre eles, e principalmente, o café) e da “intensificação” do processo de industrialização a partir da Primeira Guerra Mundial (1914-1918); sendo que bloqueio econômico no Atlântico dificultou as exportações e as importações brasileiras.
Devido ao bloqueio econômico no Atlântico, os prejuízos internos subiram, e a demanda do mercado interno impulsionou um surto próprio de industrialização no país. Ao mesmo tempo, como a exportação também estava dificultada, operou-se relativa transferência de recursos financeiros do setor agroexportador para o setor urbano-industrial. Não podemos esquecer que a crise do café comprovava definitivamente a vulnerabilidade e a inviabilidade da monocultura exportadora como sustentáculo da economia brasileira. E a indústria era tida como o setor preferido e defendido pelos que desejavam a modernização do país, retirando-o do atraso colonial em que ainda se