economia

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Durante os dois primeiros anos do governo Dilma (2011 e 2012), podemos analisar o desempenho de três períodos da gestão política macroeconômica. No primeiro semestre de 2011, as políticas monetária e fiscal tiveram um caráter restritivo, no intuito de arrefecer a atividade econômica e, assim, conter a aceleração inflacionária observada naquele momento. O contexto do segundo (que começa em agosto de 2011 e termina em junho de 2012) foi condicionado pelo aprofundamento da crise da área do euro. Diante o desaceleramento da atividade econômica, o governo tomou medidas anticíclicas, embora menos intensas que aquelas tomadas em 2008/09: redução da taxa básica de juros, estímulos creditícios e desoneração tributária. O terceiro, que compreende o segundo semestre de 2012, foi marcado pelo aprofundamento da desaceleração da atividade econômica. Com o objetivo de estimular a economia, os bancos públicos agiram de forma semelhante observado em 2008 e 2009 mitigando o efeito negativo sobre a oferta de crédito da perda de ritmo do crédito concedido pelos bancos privados e assegurando que as reduções da taxa básica de juros atingissem os tomadores finais.
O governo Dilma manteve o regime de política macroeconômica1 ancorado nas metas de inflação e de superávit fiscal primário e na flutuação (suja) da taxa de câmbio. A obtenção de taxas mais elevadas de crescimento econômico (com destaque para a recuperação da indústria) passou a ocupar uma posição central entre os objetivos dessa política em 2011 e 2012. Além disso, houve uma ampliação da gama de instrumentos utilizados, que não se limitaram aos instrumentos convencionais das políticas monetária, fiscal e cambial. E, por fim, a melhor coordenação entre as autoridades econômicas, em especial entre o Ministério da Fazenda e o Banco Central do Brasil (bcb), possibilitou uma maior convergência dos objetivos e, consequentemente, uma maior eficácia do conjunto de políticas implementadas.
Combinadas a essas medidas, formas mais

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