Economia
O Plano Nacional de Desestatização (PND), criado pela Lei nº 8.031/90, incluiu empresas dos setores de siderurgia, mineração, petroquímico e outros. De 1991 a 2002, o PND determinou a privatização de 69 empresas e gerou receita de US$ 30,5 bilhões. A privatização do setor de telecomunicações, prevista na Lei nº 9.295/96 (telefonia celular) e na Lei nº 9.472/97, gerou receita de US$ 29,0 bilhões, em 1998. O total da receita com as privatizações, de 1991 a 2002, somou US$ 87,5 bilhões: US$ 59,5 bilhões em privatizações federais e US$ 28 bilhões em privatizações estaduais.
O Plano Real conseguiu a reversão do quadro inflacionário e a estabilidade de preços, mas a política de juros básicos elevados contribuiu em peso para o crescimento da dívida pública interna, assim como a política de um real valorizado em relação ao dólar permitiu grande ímpeto nas importações, as quais, de 1995 a 2000, produziram déficit de US$ 24,1 bilhões na balança comercial, contra um superávit de US$ 60,4 bilhões, de 1990 a 1994.
Para fechar o balanço de pagamentos, o País, de 1995 a 2000, precisou de novos capitais externos (investimentos ou empréstimos), tanto para cobrir o déficit da balança comercial, como para suprir o déficit do balanço de "serviços e rendas" (o déficit em transações correntes). A dependência externa vinha sempre aumentando e só reverteu a tendência por pressão do mercado internacional. O forte ajuste do valor real em 1999 e em 2002 revigorou as exportações. A partir de 2001, o País voltou a exibir superávit comercial e diminuiu a premência por capitais estrangeiros. Em 2001 e 2002, acumulou superávit comercial de